
De acordo com a tia dele, Mari Izabel de Oliveiro Gatinho, no dia em que desapareceu, Diego foi visto saindo às 21h35 do apartamento onde mora, situado na avenida Pedro Teixeira, bairro Flores, zona centro-sul da capital.
O deputado José Ricardo (PT) protocolizou nessa quarta-feira (28) requerimento convocando a direção da empresa Manaus Ambiental, da Agência Reguladora dos Serviços Públicos Concedidos do Estado do Amazonas (Arsam) e da Unidade Gestora de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário para prestar esclarecimentos na Assembleia Legislativa do Estado (Aleam) sobre a venda da Companhia de Saneamento do Norte (CSN), que controla a Manaus Ambiental, pela empresa Aegea Saneamento de Participações.
“Queremos saber sobre essa venda. Isso afeta os interesses públicos do Estado e da população, o abastecimento de água, o tratamento de esgoto. Queremos saber também do que se trata e ao mesmo tempo o compromisso desta empresa no cumprimento dos contratos assinados, se apresentou algum programa para cumprir as metas”, frisou.
Ele destacou que a tabela de metas e indicadores está no contrato de longo prazo e tem datas definidas. A cobertura de serviços de água até 2016 deveria ser de 98%. “Mas, até hoje, são inúmeras as denúncias de falta d´água em bairros da cidade. É necessário verificar se realmente há essa cobertura de 98%”, advertiu. Logo em seguida, vem a cobertura do serviço de esgoto, no que se refere à coleta. Para 2016, o contrato diz que deveria ter 71% de cobertura na cidade. Em 2011, a meta era de 51%. E as metas para o tratamento de esgoto era de 100% do esgoto coletado. “Mas sabemos que esse tratamento não chega a 10% daquilo que a empresa opera em termos de coleta”. Dados da entidade Trata Brasil, que avalia o saneamento nas grandes cidades, coloca Manaus como a 5ª pior cidade em saneamento, entre as 100 maiores cidades brasileiras.
José Ricardo lembrou ainda que em 2010 o Governo Lula liberou recursos federais para a construção do Proama (Programa Águas para Manaus), a outra parte foi do Governo do Estado. Uma obra de R$ 400 milhões. Foi concluído em dezembro de 2010 e entrou em operação no final de 2013. “São recursos públicos, até hoje, não sabemos o retorno. O Proama foi entregue de bandeja para outra empresa, a Manaus Ambiental, que não investiu nenhum centavo, que não cumpre meta é vendida sem uma análise mais aprofundada. É um serviço que a população paga caro e a qualidade do serviço não acompanha o preço cobrado”.