Ou o coordenador da “Coligação Ficha Limpa para Coari”, Plácido Izanio Dantas, tem o poder da onipresença , ou seja, consegue estar em vários lugares ao mesmo tempo, do tipo Manaus e Coari, cidades com 363 quilômetros de distância, ou é servidor fantasma. É isso que a Justiça Eeitoral que saber através de uma Ação de Investigação Judicial Eeitoral (AIJE) que tem como investigados, além do servidor público e coordenador de campanha, Plácido Izanio, também o candidato a prefeito da Coligação Ficha Limpa para Coari, Robson Tiradentes Junior e o candidato a vice-prefeito, Jander Sylvio Costa da Silva.
Os indícios investigados são de abuso de poder político e prática de conduta vedada, com o uso de servidor público em benefício de candidatura política (Veja documento no final da matéria). De acordo com a AIJE, com confirmação no Portal da Transparência, Plácido Izanio Dantas está como servidor público na Secretaria de Estado de Justiça, Direito Humanos e Cidadania do Amazonas( SEJUSC), lotado em tese na cidade de Manaus, recebendo a remuneração mensal de R$ 3.191.80 (três mil, cento e noventa e um reais e oitenta centavos). So que Plácido Izanio também exerce o cargo efetivo de Assistente Administrativo no município de Coari, lotado atuamente na Secretaria Municipal de Governo e Cidadania.
“Constata-se a utilização escancarada de servidor remunerado pelos cofres da Fazenda Pública Estadual para coordenar e presidir a campanha do candidato Robson Tiradentes, aliado político do governador do Estado do Amazonas, ambos integrantes da mesma sigla partidária (PSC), na comarca de Coari”, diz trecho do documento.
A ação ressalta ainda, que o município de Coari está localizado a 363 km de Manaus, sendo que o principal meio de transporte é via fluvial, onde a viagem mais rápida dura 8 horas, além disso, não existe regularidade diário de vôo, razão pela qual é praticamente impossível que o investigado consiga execer ao mesmo tempo duas funções em comarcas diferentes, em lugares distantes, e ao mesmo tempo ainda coordene a campanha do candidato Robson Tiradentes e seu vice.
Por fim o documento afirma que, mesmo que alguns dos fatos abusivos praticados tenham sido anteriores ao fato de o requerido ter oficializado a candidatura, é reconhecido o ilícito, visto que foram praticados com o intuito de influenciar nesta eleição e que tal abuso de poder político, consiste no uso ilegítimo do exercício de função, cargo ou emprego na Administração Pública, em prol de candidatura própria ou de terceiros.