Renato Borelli, juiz da 15ª Vara Federal de Brasília, responsável pelo caso do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro está sofrendo centenas de ameaças de “grupos de apoio ao ministro”.
Audiências
O ex-ministro e os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos passarão por audiência de custódia nessa quinta-feira (23). De acordo com informações da Justiça Federal, as audiências estão previstas para as 14h desta quinta.
Mais duas pessoas foram detidas durante a ação: o ex-assessor do MEC e advogado Luciano de Freitas Musse e o ex-assessor da Prefeitura de Goiânia Hélder Diego Bartolomeu.
Borelli havia negado o pedido da defesa do ex-ministro para que ele permanecesse preso em Santos e participasse da audiência de forma on-line. A PF, porém, teria argumentado não conseguir prover a logística necessária ao deslocamento para Brasília até as 14h, por isso Milton Ribeiro participará da audiência por videoconferência.
Investigação
Ribeiro foi preso na operação que investiga o direcionamento de verbas do MEC a pedido de pastores apadrinhados de Bolsonaro (PL). No mandado de prisão, ao qual a coluna Igor Gadelha teve acesso, Borelli cita os crimes de corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência para justificar a prisão do ex-ministro.
Os crimes estão relacionados a um suposto esquema de corrupção envolvendo pastores evangélicos e distribuição de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), ligado ao MEC, durante a gestão do ex-ministro do governo Bolsonaro à frente da pasta.