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Em mensagem publicada nesta Sexta-Feira Santa, o Papa Francisco faz um agradecimento aos detentos da cidade de Pádua, na Itália, que escreveram as meditações que serão lidas pelo Pontífice durante a Via Sacra deste ano.
“Fiz minha morada em suas palavras e me senti acolhido, em casa. Obrigado por partilhar um pedaço de sua história comigo”, escreveu. Além do agradecimento, Francisco afirmou que a história dos detentos lembra a situação de presos em todo o mundo.
“Na Via Sacra, vocês oferecem sua história a todos os que compartilham a mesma situação no mundo. É consolador ler uma história na qual habitam as histórias não apenas dos presos, mas de todos aqueles que se apaixonam pelo mundo do cárcere. Juntos, é possível. Juntos”, afirma.
Em sua mensagem, o Pontífice ainda diz que “Deus fala de si mesmo e nos fala dentro de uma história, nos convida a uma escuta atenta e misericordiosa”. Ele conclui seu recado com um abraço forte aos encarcerados que estão em seu coração e pedindo que rezem por ele.
Os textos que serão lidos pelo Papa Francisco na Via Sacra deste ano foram escritos por cinco detentos, uma família vítima de homicídio, a filha de um condenado a prisão perpétua, uma educadora, um juiz corregedor de presídios, a mãe de um presidiário, uma catequista, um sacerdote, um frade voluntário e um policial. Todos são ligados à ao cárcere “Due Palazzi”, de Pádua, e aceitaram um convite do próprio Pontífice para escrever as meditações.
Devido à pandemia do novo coronavírus, as celebrações da Semana Santa foram limitadas ao essencial: as cerimônias comandadas pelo Papa Francisco na Santa Sé e nas igrejas não terão público e serão transmitidas pela internet, televisão e rádio.
Por orientação do Vaticano, as comemorações nas igrejas católicas do mundo todo também devem ser realizadas sem público.