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Pelo terceiro dia consecutivo, moradores do conjunto Canaranas, na Cidade Nova, na zona Norte de Manaus, fazem protesto na tentativa de impedir que a empresa Amazonas Energia instale os novos medidores. Segundo os manifestantes, o Sistema de Medição Centralizada (SMC) faz uma leitura errônea do consumo e clientes que pagavam algo em torno de R$ 300 pelo consumo foram surpreendidos com o salto nas faturas que aumentaram para mais de R$ 1 mil. Outras residências populares receberam faturas com valores superiores a R$ 2 mil.
Nesta sexta-feira (21), carros com funcionários e material da empresa terceirizada, que prestam o serviço para a concessionária Amazonas Energia foram obrigados a voltarem para suas bases, pois a população não aceitou que o serviço fosse realizado em suas ruas.

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Indignados com os altos valores cobrados nas contas, e ainda com os cortes de energia em casas em que o atraso no pagamento da fatura não fez nem 30 dias, a população revoltada protestou em um ato pacífico. Mas, apesar disso, rechaçaram os trabalhadores e os expulsaram do local, até mesmo retirando seus cones e colocando no caminhão.
Ao Radar, que acompanha o clamor da população desde o primeiro dia de manifestação, a Amazonas Energia justificou que “o Sistema de Medição Centralizada (SMC) é uma das maiores inovações e tecnologia já produzida para o sistema elétrico. Ele traz mais qualidade, segurança e transparência aos serviços de leitura e medição do consumo de energia. E que parte dos bairros Cidade Nova, Colônia Santo Antônio, Nova Cidade, Parque Dez, Riacho Doce e Bairro da União já foram “beneficiados” com o serviço.

Manifestante soltando rojão perto dos caminhões da Concessionária
Ontem, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), deputado Roberto Cidade (PV), frisou que o cliente precisa ser notificado previamente acerca da troca do medidor de energia elétrica.
O Radar perguntou à Defensoria Pública do Estado sobre qual medida está sendo realizada para o caso, visto que está prejudicando os consumidores, que disse por meio de nota que o caso está sendo acompanhado pelo Núcleo de Defesa do Consumidor (Nudecom), que avaliará as medidas pertinentes.
O Radar ainda aguarda respostas do Ministério Público.